segunda-feira, 30 de setembro de 2013

VLOG - Desvendando o código

Olás!

A novidade agora é que Priscila Patta e Fábio Teixeira se juntaram para construir o vlog DESVENDANDO O CÓDIGO.
Juntos tiveram a ideia do vlog para compartilhar com quem mais se identificar com esta brincadeira séria suas impressões sobre os assuntos que lhes permeiam.

Fábio Teixeira é psicólogo e parceiro de Patta desde 2011. E como tal, trás questionamentos, indagações e indicações a cerca do universo que embasa esta ideia do vlog. Um ponto de vista técnico, importante para esclarecer e direcionar alguns termos e ideias que são tratados nos vídeos, porém com um toque de informalidade. "É assim que nós conversamos no dia-a-dia" - afirma F.Teixeira.

Pode-se dizer que Desvendando o código está embutido no projeto QUAL É O CÓDIGO DO SEU MOVIMENTO, onde Priscila Patta busca responder a este questionamento de todas as formas possíveis, buscando pra isso parceiros, profissionais advindos de outras áreas diferentes da dança para construir com ela esta caminhada. Não foi criado para fazer parte do projetão, mas cabe perfeitamente nele pelo seu conteúdo." - explica Priscila Patta.

Uma conversa entre uma bailarina e um psicólogo - assim eles definem Desvendando o Código.

Não há roteiro prévio, não há reunião de pauta, nem há produção. Somente o desejo de conversar a cada quinze dias sobre um tema que surge no momento em que a câmera é ligada.


Assista ao vídeo piloto agora e fique ligado para acompanhar o vlog #1 ainda esta semana.
Comente os vídeos. Construa o vlog conosco. Vamos juntos!

http://www.youtube.com/watch?v=gL5BsnGtQ5E



terça-feira, 24 de setembro de 2013

Mulheres que dançam pensando... ou o contrário

Tenho conversado bastante com algumas mulheres e percebi que todas temos falado um assunto em comum: o papel da mulher está sofrendo novamente uma mudança visível.Para além da mudança a nível mundial, com o fato de ter cada vez mais mulheres no mercado de trabalho, nas universidades e em importantes cargos do governo; há as mudanças locais, de cultura para cultura. E é essa a que interessa aqui, pois entendemos que é dela que sai a onda que se expande até atingir escalas maiores.O ponto mais tocado em todas as conversas foi o do relacionamento afetivo heterossexual. Entendemos que a estrutura do amor romântico - a la Romeu e Julieta, monogâmico, "até que a morte nos separe" está condenado a findar-se. Não é real mais. Não é mais possível. Alguns resistirão e passarão muito bem por isso. Mas estes serão, a partir daqui, a exceção e não a regra. Basta observar a natureza humana para perceber que é extremamente difícil passar toda uma vida com um ou dois parceiros somente. A tendência natural, veja bem, natural do ser-humano é a de se relacionar com mais pessoas. Independente da profundidade desta relação. O desejo animal, instintivo, sexual é inerente a todos nós. Isto é muito claro. Associamos esta mudança à sociedade moderna, que coloca a mulher outra vez em pé de igualdade com o homem, de forma que ela possa fazer suas escolhas sem precisar se expor, nem se sentir culpada, ao mesmo tempo em que as discussões a nível intelectual se equipararam a tal ponto que, não havendo a necessidade da discrição, omissão, ou não havendo o medo à exposição, a mulher entende porque toma cada decisão e sabe argumentá-la e defendê-la sem que isso seja percebido como um problema.Parece que nós mulheres estamos começando a entender o equilíbrio destas relações e parece que estamos entendendo o que é ser mulher - pelo menos enquanto gênero, o que significa dizer que a mulher é um ser que pensa nela e no outro, por natureza. Ela cuida e é dócil, amável. Em algumas isso vai sobressair mais, em outras menos. Mas o que dizemos aqui é que isso é uma característica inerente às mulheres. E, partindo disso, parece que estamos mais interessadas em compreender o universo masculino, saindo do papel das competidoras, para nos colocar no papel de observadoras de nós mesmas, antes de mais nada. Pois, ao compreender o universo masculino teremos mais chances de conviver de forma otimizada e harmônica - primeiro conosco - depois com eles. Não se trata, porém, de considerar a mulher melhor ou mais importante que os homens. Se trata de perceber que ambos tem a importância dentro de uma sociedade. E que os papéis variam sim.Claro que a conversa é muito mais profunda e complexa que esta brevíssima introdução feita aqui. Resulta que por conta dessas prosas, decidimos fazer um trabalho onde descobriremos como nossos corpos falam o que nossas cabeças pensam. Que tipo de movimentação poderá sair daí? Não temos a menor ideia. Vamos mexer nas nossas histórias pessoais, de sucesso e de decepção com os homens do nosso passado. Vamos mexer nos nossos sentimentos e emoções mais profundos. Vamos mexer no nosso orgulho e nas feridas ainda em processo de cicatrização. Vamos investigar a fundo por onde passam todas as questões do relacionar-se com alguém. E não é porque alguém nos decepcionou ou nos fez felizes. Este grupo de mulheres entende que ninguém é responsável por um sentimento-emoção que está em mim. E se está em mim, somente eu posso senti-lo, ativando-o o quanto e quando dou conta.É um trabalho de auto pesquisa que se baseia na auto-responsabilização. O outro é puro cenário. É pura ilusão.



     (Priscila Patta coordenando o ensaio da Cia Khalua noespetáculo Delirium, de Thalita Menezes e Leandro Brito, em 2012, na cidade de BH/MG)
           


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Qual é o código do SEU movimento?

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

DESVENDANDO O CÓDIGO

Está no ar vlog DESVENDANDO O CÓDIGO.

Os assuntos que interessam a você comentados por uma bailarina e um psicólogo.
A cada 15 dias um assunto novo para render.
Acompanhe-nos. Opine. Comente. Sugira. Contribua. Construa o Vlog conosco. Você é bem-vindo!


Qual é o código do SEU movimento?

terça-feira, 17 de setembro de 2013

RAKS JAM FUSION - o que é isso?

Continuando aquela conversa sobre como surgiu a Código Movimento...

Raks Jam Fusion é o nome que Priscila Patta deu ao estilo de dança que hoje ela dança, resultado encontrado até aqui de sua auto pesquisa.
Raks  vem de Raks Sharqi (dança do ventre). Jam vem do uso da improvisação. Fusion, pela fusão das técnicas utilizadas aqui: dança do ventre e dança contemporânea.

Uma das características do Raks Jam Fusion é o constante uso das ondulações, e o alongamento do corpo de forma consciente em cada movimento. Desta forma, trabalha-se tanto a flexibilização do corpo, quanto seu fortalecimento.
 "Cada movimento é uma oportunidade para se alongar" - diz Patta

É constantemente utilizado em Raks Jam Fusion os jogos de improvisação enquanto suporte para a criação a partir do código do seu movimento.
Ou seja, tudo o que é feito em Raks Jam Fusion coloca em evidência o artista que o executa-dança-comunica.


No vídeo, uma aula de RJF para os alunos do Movasse Coletivo de Dança

http://www.youtube.com/watch?v=BnYigh_oxZQ





Qual é o código do SEU movimento?

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O vasto mercado da dança

Se você é bailarino (a), então você dança em companhia ou ministra aulas de dança. Certo?
Sim e não.

O mercado da dança é mais vasto que isso.
O bailarino dos dias de hoje é, antes de mais nada, um artista a serviço da dança. O que isso significa?
Significa que aqueles que escolhem a dança enquanto profissão, enquanto meio de vida, vão além da busca pelo prazer e pelo trabalho remunerado. Eles se colocam no mundo expressando-se através da arte de dançar. Podendo adotar posturas políticas sérias ou através do humor, denunciando aquilo que consideram que não esteja bem colocado dentro de um contexto social, mundial, ou mesmo sugerindo possíveis soluções para os mesmos temas. Podem ressaltar o lado poético e/ou cotidiano da vida, e podem ainda, investir em pesquisas científicas, como é o caso da coreógrafa Adriana Banana. Ou seja, os motivos são variados. A forma de abordagem é a mesma: a partir da dança.
Todo este trabalho pode acontecer através de pesquisas que vão desde o tema, passando pela investigação corporal e resultando em diversos produtos; a saber: espetáculos, performances, vídeos-dança, instalações, ocupações, ensaios fotográficos, artigos, livros, etc. Isso demanda entender a dança para além da própria dança.

Hoje em dia é muito comum encontrar artistas independentes. São aqueles artistas que por opção ou falta de espaço no mercado das companhias de dança desenvolvem processos solo onde as equipes de execução, entendendo que não se faz um trabalho sozinho, são reduzidas e montadas de acordo com cada demanda.

É o caso de Priscila Patta, diretora da Código Movimento.
"Eu entendi há poucos anos que não tenho o perfil de bailarina de companhia porque não sou uma bailarina técnica. Poucas companhias de dança trabalham com elenco híbrido, como é o caso da Será Quê, onde dancei por oito anos. Desta forma, precisei partir para uma auto pesquisa a fim de descobrir de fato que dança meu corpo faz, e como eu poderia seguir trabalhando na área.
créditos: Robim Martins

Criei a Código Movimento com o intuito de pesquisar novas linguagens de movimento, de experimentar novos processos criativos e de trabalhar com artistas que me inspiram de alguma forma." (P.P)

Entender-se enquanto artista é a chave para se instalar e permanecer no mercado de trabalho.




QUESTÃO

O que é ser um artista?

Qual é o código do SEU movimento?

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Falando sobre a Código Movimento

Buenas!!!

Ficamos um longo tempo sem atualizar o blog. Agora voltaremos com publicações semanais. Toda SEGUNDA-FEIRA haverá uma publicação nova com textos, entrevistas, enquetes, curiosidades. Você está convidado a nos acompanhar.

Vamos às novidades:

Priscila Patta, diretora da Código Movimento, estreou no primeiro final de semana de julho o solo METAPLASIA - mudança indesejável.

Terceira parte do projeto "Qual é o código do SEU movimento?", este solo confirma sua pesquisa na área da dança através de novos processos de trabalho e novas formas de mexer seu corpo. A temporada aconteceu em Belo Horizonte, no Espaço Ambiente.

 "Para cada ação deste projetão uma equipe diferente é montada" - diz Patta. Para o duo Afrikar, contei com a colaboração do meu parceiro Vick Alves para darmos vida ao roteiro que Juçara Ferreira, outra parceira, havia escrito. Neste processo, eu fiz a preparação corporal e a direção artística. Entretanto, a criação coreográfica foi coletiva. No circuito de cursos Código Movimento, nós três juntos elaboramos todo o programa, discutimos as ideias, montamos e aplicamos as aulas. Foi um trabalho colaborativo. Em Metaplasia eu convidei o Zenlon inicialmente a fazer a orientação deste trabalho. Eu havia pensado e feito o convite a outro diretor. Por incompatibilidade de agendas com a minha primeira opção de direção deste solo, ao mesmo tempo em que o trabalho com o Zenlon estava funcionando; fiz o convite oficial a ele de assumir a direção, e ele topou. Ele assina a direção e a preparação corporal deste trabalho, enquanto que eu assino a concepção e coreografia. Ou seja, em cada trabalho vamos fazendo adaptações pelas exigências de flexibilidade que cada um deles impõe. Costumo dizer que o que a obra mandar, eu acato."

Para a quarta parte de  "Qual é o código do SEU movimento?" uma nova equipe já está sendo formada. Trata-se de uma exposição fotográfica. Mas não vamos nos aprofundar por enquanto, para não tirar o frescor da novidade.

QUESTÃO:   responda em nosso blog Qual é o código do SEU movimento?. Participe, construa conosco!

Até semana que vem!


foto de METAPLASIA - mudança indesejável